quarta-feira, 15 de abril de 2015

Por que é importante levar seu bebê preventivamente a um Osteopata?


Em primeiro lugar, Osteopatia é segura para bebês! Cerritelli F et al. (2014) estudaram um modelo de abordagem chamado NE-O em 100 recém nascidos internados na UTI neonatal na Itália, onde foi demonstrado que a Osteopatia é SEGURA para os bebês.


Na Europa, é hábito levar os bebês logo após o nascimento a um Osteopata!


Por que? 

Todos sabememos que a cabeça do bebê é frágil. Ela possui  regiões onde existem apenas algumas membranas separando o cérebro do bebê do meio externo, são as chamadas de moleiras. Elas existem para permitir o Parto Normal e o crescimento do cérebro, e ficam quase imperceptíveis com 1 ano de idade,



Até lá, toda criança hora ou outra cai e bate a cabeça!


Ao bater a cabeça, se o trauma ocorrer na região lateral, pode gerar um tipo de disfunção chamado na Osteopatia de Lateral Strain de Esfenóide.



Trauma (seta),                     osso esfenóide,   osso occopital.



Esfenóide é esse osso da imagem ao lado, e nele é criada uma tensão de deslizamento lateral, conforme a imagem , para o lado contrário ao trauma.
  
Mas, existe um ligamento bem pequeno que une este osso ao osso temporal, chamado de petroclinóideo, esfenopetroso ou ligamento de Grubber. Mas, "no meio do caminho tinha um nervo"! Abaixo deste ligamento passo o nervo Motor Ocular Externo, que inerva o Músculo Reto Externo do olho, ou seja, o músculo que puxa nosso olho para olhar para o lado.

 Mas o nervo foi comprimido, e agora? A criança pode parecer estrábica ou ficar estrábica, porque essa compressão do nervo faz a informação que chega ao músculo OU deixa este muito fraco e o olho não consegue mais lateralizar, OU muito tenso, e o olho não consegue permanecer olhando para a ponta do nariz. Quando a criança tentar olhar aogo muito próximo ao seu olho, o olho que estiver afetado "escapa" num fenômeno chamdo de Hipoconvergência Ocular (olho com a flecha vermelha). Pode causar visão dupla, e isso na criança é grave.

Se não tratado, pode alterar o aprendizado da visão e causar problemas mais sérios na infância, adolescência e fase adulta. Problemas de coordenação, perda da noção de profundidade. Incapacidade de ver filmes 3D, e até perda da visão são adaptações possíveis.

Este é um dos motivos para levar as crianças ao Osteopata PREVENTIVAMENTE.
Você pode levar seu filho a partir dos 15 dias do nascimento. Mas não precisa pressa. Leve antes dos dois meses se não houver sintomas.


Osteopatia é segura para os bebês segundo Evidências Científicas, e pode prevenir muitos problemas posturais, respiratórios e gastrointestinais, quando estes traumas comprimem outros nervos, como o nervo Vago.

Continue lendo sobre:

Cerritelli F, Martelli M, Renzetti C, Pizzolorusso G, Cozzolino V, Barlafante G. Introducing an osteopathic approach into neonatology ward: the NE-O model.Chiropractic & Manual Therapies. 2014;22:18. doi:10.1186/2045-709X-22-18.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Osteopatia Baseada em Evidência: A melhora de bebês com Osteopatia não ocorre por efeito placebo!

     Um artigo publicado em 2014 na revista Complementary Therapies in Clinical Practice estudou a possível existência de efeito placebo no tratamento osteopático de bebês (placebo é como se denomina um fármaco ou procedimento sem efeito real, mas que apresenta efeitos terapêuticos psicológicos pela crença do paciente).
           Para isso 206 bebês de 7 a 9 meses de idade foram divididos em dois grupos: Grupo Osteopatia com 103 crianças que foram submetidos tratamento Osteopático e Grupo Placebo com 103 bebês submetidos às técnicas placebo. O estudo ocorreu em um Hospital na Italia.
          

       Os resultados encontrados neste estudo pioneiro levaram os autores à conclusão de que a melhora dos bebês com o tratamento osteopático não ocorre por efeito placebo! (Müler et all, 2014).


           Se um bebê melhora com uma sessão de Osteop
atia, é porque ela realmente funciona, e não é o toque, o calor da mão do terapeuta ou o fato de dar atenção que faz a diferença.

           O depoimento a seguir  (de abril de 2015) mostra o efeito que a osteopatia tem em casos de refluxo crônico em uma bebê de 1 ano de idade (completados no dia da sessão de osteopatia), em tratamento medicamentoso para este diagnóstico desde seus primeiros dias vida: 

"Estou muito feliz pois a B*** conseguiu comer papinha mais sólida na sexta feira logo após sairmos do seu consultório. Ela nunca tinha conseguido comer sólidos sem vomitar logo em seguida. Que progresso !Ela está super bem e comendo bem, só tenho a agradecer à você Dr Mauro."

           Essa melhora ocorre de forma homogênea entre bebês de 0 a 1 ano de idade, conforme foi demonstrado em estudo controlado que comparou o tratamento osteopático do refluxo ao tratamento exclusivamente medicamentoso em 59 bebês de 0 a 1 ano de idade. O grupo tratado com osteopatia (33 bebês) saiu do diagnóstico de refluxo num intervalo de um mês, enquando o grupo que usou apenas medicamentos (26 bebês) continuou com o diagnóstico após dois meses de estudo (GEMELLI et al, 2014).
           Sintomas como tosse, soluço, choro por azia e cólica melhoraram no grupo osteopático, enquanto a cólica piorou e a tosse continuou igual no grupo que só usou medicamento.

           Baseado nessas evidências cientificas, é possível concluir que a Osteopatia representa uma excelente ferramenta no tratamento do refluxo no bebê, a melhora não ocorre por efeito placebo e, por fim, que a medicação causa apenas alívio dos sintomas e não trata as causas reais do problema.


Muller et al 2014. Do placebo effects associated with sham osteopathic procedure occur in newborns? Results of a randomized controlled trial. - http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24731889 

Gemelli et al 2014. Resultados do desenvolvimento e aplicação de um protocolo osteopático de tratamento para bebês com refluxo. http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1019






Dr Mauro Gemelli
Osteopata Pediátrico (Escuela de Osteopatia de Madrid Internacional)
Mestre em Engenharia Biomédica com ênfase em Refluxo Gastroesofágico de bebês (UTFPR)